terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Pitty e seus duplos sentidos.


Pitty relata na maioria de suas letras um grande duplo sentido, difícil de realmente entender o real... Em “Brinquedo Torto” existe um muito curioso, onde ela diz “Eu me vendo como um brinquedo torto”, afinal ela se vê ou se vende? Quem nunca se perguntou isso, ou ficou analisando o resto da letra até obter uma resposta e nunca se teve? 
Pois é, mas é difícil porque em ambos sentidos o resto da música se encaixa... Como podemos conferir...


Esqueci as regras do jogo

E não posso mais jogar
Veio escrito na embalagem
Use e saia prá agitar
Vou com os outros pro abate
O meu dono vai lucrar
Seja cedo ou seja tarde
Quando isso vai mudar?

Não me diga: eu te disse

Isso não vai resolver
Se eu explodo o meu violão
O que mais posso fazer?
Isso é tão desconfortável
Me ensinaram a fugir
E se eu for derrotado
Nem sei como me render

E eu me vendo como um brinquedo torto

E eu me vendo como uma estátua
E eu me vendo como um brinquedo torto
E eu me vendo como uma estátua

Esqueci as regras do jogo

E não posso mais jogar
Veio escrito na embalagem
Use e saia pra agitar
Vou com os outros pro abate
O meu dono vai lucrar
Seja cedo ou seja tarde
Quando isso vai mudar?

E eu me vendo como um brinquedo torto

E eu me vendo como uma estátua
E eu me vendo como um brinquedo torto
E eu me vendo como uma estátua”


Achei um site, onde ela explica em uma entrevista... 


Eles perguntam: “ Em brinquedo torto, é vendo ou vendendo?”
Ela responde: “Os dois. Quando eu estava escrevendo, pensei exatamente no duplo sentido. Eu me vejo e eu me vendo, e os dois cabem na idéia da música toda. O “ver” porque às vezes é assim que eu me sinto, um brinquedinho meio torto que de freak e esquisito passou a ser legal; e “vender” porque, embora eu deseje utopicamente que a arte seja só uma forma de expressão, libertação e conscientização, esse é também é o meu trabalho, minha forma de subsistência. Infelizmente vivemos num mundo aonde tudo precisa ser vendido e comprado. Estamos todos “vendendo” nosso trabalho, seja você como jornalista, seja o balconista da padaria. Somos obrigados a vender e a comprar para podermos existir.”
 Pois é, foi tudo intencional... E infelizmente sou obrigada a concordar, a situação esta triste... E no caso do trabalho, é óbvio, não? Nós se esforçamos em algo, e vendemos isso. Seja com o corpo, com a voz, com as habilidades... Ou seja lá o que for. E claro, somos remunerados com isso, ninguém vive SÓ de amor! HAUHAUHAUHAUHA’

Bem, é isso, espero que tenha esclarecido alguma coisa, pelo menos EU não vou mais ficar perdendo tempo descobrindo o que na verdade é os dois. Hahaha. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário